Veja como fazer para consultar se você tem valores a receber.
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Milhões de brasileiros têm direito a receber valores esquecidos em instituições financeiras, como bancos, cooperativas de crédito e consórcios.
O sistema “Valores a Receber”, do Banco Central, foi criado exatamente para facilitar esse resgate.
Saber como consultar corretamente e realizar a solicitação de forma segura é fundamental para quem deseja reaver esses recursos.
Este artigo reúne todas as informações que você precisa para fazer isso com eficiência.
O que são os valores a receber
Os chamados “valores a receber” são recursos deixados para trás em contas inativas, saldos residuais de consórcios encerrados, cobranças indevidas devolvidas, tarifas ou obrigações não sacadas, entre outros motivos.
Tanto pessoas físicas quanto jurídicas podem ter direito a esse dinheiro. Além disso, herdeiros, inventariantes e representantes legais também podem consultar e solicitar o que for devido a pessoas falecidas.
Consulta ao sistema Valores a Receber
A consulta é feita exclusivamente pelo site oficial: valoresareceber.bcb.gov.br. O usuário deve informar CPF ou CNPJ e a data de nascimento ou de abertura da empresa. No caso de pessoas falecidas, é necessário ser herdeiro ou representante legal e ter os documentos que comprovem o vínculo. A consulta inicial não revela o valor, apenas se há recursos a serem resgatados. Caso positivo, o sistema indicará os passos seguintes.
Como solicitar a devolução dos valores
Após a confirmação de que existem valores disponíveis, o usuário precisa ter uma conta Gov.br com nível de segurança prata ou ouro. A criação ou atualização desse cadastro pode ser feita em acesso.gov.br. Em seguida, é necessário acessar novamente o site Valores a Receber, confirmar os dados, escolher uma chave Pix (como CPF, e-mail ou número de celular) e registrar a solicitação. Um número de protocolo será gerado, e o prazo para recebimento varia entre 5 e 12 dias úteis, dependendo do valor.
Procedimentos de resgate conforme o valor
Para valores considerados baixos, o processo é praticamente automático, desde que todos os dados estejam corretos e a chave Pix informada seja válida. Já para quantias mais elevadas, o sistema pode exigir informações complementares e envio de documentação específica, como comprovante de residência, identidade e justificativas da origem do valor. Nesses casos, o tempo de liberação pode chegar a 15 dias úteis.
Documentos e dados necessários para o resgate
Antes de iniciar o processo, é importante reunir os documentos exigidos: documento de identidade com foto, CPF, comprovante de residência recente e, se aplicável, documentos que comprovem vínculo com o titular falecido ou a origem do valor. Também é necessário informar os dados bancários completos: nome do banco, número da agência, número da conta e tipo de conta. A precisão dessas informações é essencial para garantir que o valor seja transferido corretamente.
Chave Pix: como criar e utilizar
O sistema de devolução funciona exclusivamente com o uso de uma chave Pix válida. Essa chave pode ser o CPF, o número de celular, o e-mail ou uma chave aleatória gerada pelo banco. Para cadastrar uma chave Pix, basta ter uma conta ativa em uma instituição financeira participante do sistema e seguir as instruções no aplicativo do banco. É permitido cadastrar múltiplas chaves por conta, facilitando a identificação e recebimento dos valores.
Canais de suporte e atendimento
Caso surjam dúvidas ou dificuldades durante o processo, o usuário pode contar com canais oficiais de atendimento. O próprio site do Banco Central disponibiliza uma seção de perguntas frequentes e formulários para contato. Além disso, a Central de Atendimento do Gov.br também presta suporte por telefone, sendo necessário ter os documentos em mãos para agilizar a consulta. O atendimento online por chat também é uma opção rápida para dúvidas pontuais.
Cuidados para evitar fraudes
O aumento no número de beneficiários atraiu a atenção de golpistas, que tentam se passar por instituições oficiais para obter dados pessoais ou financeiros. O Banco Central não envia e-mails, mensagens ou ligações com links. Nenhum pagamento é exigido para acessar os valores. Toda a operação ocorre exclusivamente no domínio oficial .bcb.gov.br. Recomenda-se, ainda, ativar a autenticação em duas etapas no Gov.br, utilizar senhas fortes e evitar redes públicas ao realizar o processo.
Base legal e normas que regulamentam o processo
O sistema de devolução de valores segue diretrizes estabelecidas pela Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011), que assegura ao cidadão o direito de consultar informações públicas, e pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LC nº 101/2000), que obriga a transparência na gestão financeira dos órgãos públicos. O Decreto nº 9.580/2018 também contribui para regulamentar a execução do processo de restituição com base na cidadania e controle social.
Atualização de dados cadastrais e bancários
Manter os dados atualizados é essencial para evitar atrasos ou impedimentos no recebimento dos valores. O Gov.br permite que o próprio usuário atualize suas informações pessoais e bancárias de forma simples.
Dados como endereço, telefone e e-mail devem estar corretos. Se a conta bancária informada foi encerrada ou alterada, é necessário atualizar a chave Pix ou cadastrar uma nova conta para que a devolução seja realizada com sucesso.
Consultar e solicitar os valores esquecidos no sistema do Banco Central é um direito garantido a todos os cidadãos. O processo é gratuito, seguro e, quando bem executado, rápido. Basta ter atenção aos procedimentos, acessar somente os canais oficiais e manter as informações cadastrais sempre em dia. Se você ainda não verificou se tem dinheiro a receber, acesse agora o site oficial e faça sua consulta.